A queixa foi apresentada a 8 de agosto de 2025 num posto da GNR. A mulher relatou que, durante a relação conjugal que manteve com o suspeito entre junho de 2018 e fevereiro de 2025, foi alvo de violência física, verbal, psicológica e sexual, muitas vezes na presença dos filhos do casal.

Mesmo após o término da relação em fevereiro, o homem continuou a importuná-la, perseguindo-a e ameaçando-a.

O crime de violação que motivou a denúncia ocorreu já depois da separação. Por se tratar de um crime de natureza sexual, o inquérito transitou para a Polícia Judiciária, que rapidamente recolheu provas dos anos de maus-tratos. A investigação confirmou os abusos contínuos e o clima de terror em que a vítima e os seus filhos viviam. O suspeito, que já possuía antecedentes policiais por crimes de ofensas à integridade física, foi detido na quinta-feira, dia 23 de outubro, e presente a um juiz de instrução criminal no dia seguinte para aplicação de medidas de coação. Este caso evidencia a dificuldade que muitas vítimas de violência doméstica enfrentam em denunciar os seus agressores, sendo frequentemente um ato de violência extrema que serve como ponto de viragem para procurar ajuda.