O ataque ocorreu na segunda-feira, dia 20 de outubro, na zona de Arroios. José Manuel Anes, de 81 anos, foi encontrado com múltiplos ferimentos no abdómen, mãos e pernas, além de hematomas nos olhos, alegadamente provocados pelos dedos da suspeita numa tentativa de o cegar. A vítima foi transportada em estado grave para o Hospital de São José, onde foi submetido a uma cirurgia e, segundo fontes próximas, encontra-se estável e fora de perigo. A PSP foi alertada para uma situação de agressões e, ao chegar ao local, encontrou a vítima prostrada no chão.
Testemunhas relataram ter visto a filha sair da residência e afirmaram ter conhecimento de um “histórico de violência doméstica” entre pai e filha.
Após o ataque, Ana Anes fez várias publicações nas redes sociais com conteúdo perturbador, onde parecia admitir a agressão: “Acho que deixei o meu pai José Anes sem olhos, mas devem ouvir dizer que ele morreu pacificamente”. Estas mensagens, juntamente com outras que faziam acusações bizarras sobre o pai, indiciam um quadro de saúde mental complexo, que o tribunal teve em consideração.
Após ser ouvida em primeiro interrogatório judicial, Ana Anes, indiciada pelo crime de homicídio qualificado na forma tentada, ficou sujeita à medida de coação mais gravosa. O juiz de instrução criminal determinou a sua prisão preventiva, a ser cumprida no Hospital Prisional São João de Deus, em Caxias, para receber acompanhamento psiquiátrico.
Fontes indicam que o conflito poderia ter motivações financeiras, relacionadas com a venda de um imóvel.













