A operação, que decorreu no dia 23 de outubro, envolveu 48 militares da GNR e cinco magistrados do Ministério Público. Foram cumpridos seis mandados de busca domiciliária e quatro mandados de busca a instalações, que abrangeram não só a sede da ANEPC em Carnaxide, mas também empresas do setor têxtil, residências de dirigentes e técnicos, e gabinetes de contabilidade. A investigação foca-se em procedimentos realizados entre 2015 e 2023, um período de oito anos que abrange diferentes administrações. O Ministério Público informou em comunicado que existem “indícios de favorecimento ilegal de concorrente em procedimentos realizados no período compreendido entre 2015 e 2023, em prejuízo do Estado Português”.
Os crimes investigados são corrupção ativa e passiva, bem como participação económica em negócio.
A ANEPC confirmou a realização das diligências nas suas instalações e, através de um comunicado, assegurou que está “a colaborar com as autoridades e reitera a sua total disponibilidade para prestar o apoio necessário no âmbito das diligências em curso”. A investigação, que se encontra em segredo de justiça, visa recolher provas para esclarecer as eventuais irregularidades nos contratos públicos de um setor crítico para a segurança nacional. O longo período temporal abrangido pela investigação sugere uma análise aprofundada a múltiplos contratos e procedimentos, com o objetivo de apurar responsabilidades na gestão de fundos públicos destinados a equipamentos essenciais para o combate a incêndios.













