A detenção foi efetuada em Vila Real pela Unidade Nacional Contraterrorismo (UNCTE) da PJ.
Segundo as autoridades, o homem, identificado como Bruno Silva, é “fortemente indiciado de ter difundido nas redes sociais uma publicação na qual incita à violência contra um grupo de pessoas de nacionalidade estrangeira”. Nas suas publicações, o suspeito “oferecia como recompensa um apartamento no centro de Lisboa [no valor de 300 mil euros] a quem realizasse um massacre e exterminasse determinados cidadãos estrangeiros e um bónus adicional de 100 mil euros a quem atentasse contra a vida de uma jornalista brasileira que trabalha em Portugal”.
As mensagens tornaram-se virais, gerando “enorme repercussão e alarme social”.
O detido possui antecedentes criminais por crimes de discriminação e incitamento ao ódio.
Durante as buscas, foram apreendidos elementos de prova relativos ao seu “radicalismo ideológico”.
A jornalista visada, Stefani Costa, celebrou a decisão do tribunal, afirmando nas redes sociais: “Notícia histórica: Bruno Silva continuará preso!
É a primeira vez em Portugal que alguém indiciado por ameaças e discurso de ódio recebe essa medida”. O diretor nacional da PJ, Luís Neves, confirmou que os crimes de ódio estão “em pleno crescimento” e prometeu um “combate feroz” a este fenómeno, especialmente por parte da UNCT, sublinhando a preocupação com a radicalização de jovens para atacar minorias e mulheres.













