A investigação da Polícia Judiciária (PJ) rapidamente identificou o filho menor como o principal suspeito.

Segundo os indícios, o jovem terá utilizado uma arma pertencente ao pai, que se encontrava num cofre, e tentou simular um assalto para encobrir o crime, chegando a tapar as câmaras de videovigilância e a esconder a arma na campa dos avós.

Confrontado pelas autoridades, o adolescente confessou o crime, alegando que a mãe o tinha irritado nos últimos dias e que se sentia pressionado.

A comunidade local descreveu o jovem como "calmo e educado", o que adensou o choque e a incompreensão em torno do ato.

O Tribunal de Família e Menores de Aveiro decretou a medida cautelar de internamento em regime fechado por um período de três meses, o máximo inicial previsto pela Lei Tutelar Educativa. Esta lei, aplicável a jovens entre os 12 e os 16 anos, prevê uma pena máxima de três anos de internamento, focando-se na reeducação e não na punição. O caso levou especialistas a debater os sinais de alerta em jovens, o papel das redes sociais e a necessidade de um acompanhamento psicológico mais atento no seio familiar e escolar.