"Se eu não fosse questionado tantas vezes sobre a faca, para mim não haveria qualquer dúvida", afirmou, embora admitindo não ter "100% de certeza".

Esta versão é crucial, pois a acusação do Ministério Público não refere qualquer arma branca e sustenta que os disparos foram feitos a curta distância.

A controvérsia adensa-se com o facto de uma faca só ter sido reportada no local 27 minutos após os tiros. O colega de patrulha de Bruno Pinto, Rui Machado, testemunhou não ter visto a faca no momento do disparo e admitiu que não se lembrou de usar o gás-pimenta para controlar a situação. Rui Machado está, ele próprio, acusado de falsidade de testemunho noutro processo relacionado com a arma branca.

A viúva de Odair Moniz, ouvida em tribunal, descreveu o profundo impacto emocional na família e negou que a faca pertencesse ao marido.

O caso coloca em confronto a versão de uma ameaça iminente com as provas que sugerem um possível uso desproporcional da força letal.