Segundo as autoridades, o homem difundiu publicações nas redes sociais onde oferecia "como recompensa um apartamento no centro de Lisboa [...] a quem realizasse um massacre e exterminasse determinados cidadãos estrangeiros". Adicionalmente, prometia um "bónus adicional de 100 mil euros a quem atentasse contra a vida de uma jornalista brasileira que trabalha em Portugal".

A publicação tornou-se viral, gerando "enorme repercussão e alarme social".

A jornalista visada, Stefani Costa, classificou a decisão do tribunal como "histórica".

Luís Neves, diretor da PJ, contextualizou a detenção num cenário preocupante: "Os crimes de ódio estão em pleno crescimento.

Há uma grande difusão destas mensagens, designadamente contra mulheres.

Perseguem-nas, perseguem pessoas de outras nacionalidades, de outros credos, de outras raças".

O responsável da PJ sublinhou que se trata de "crimes politicamente motivados" e que "não é aceitável que se procure radicalizar jovens" para cometer atos violentos, assegurando uma resposta firme das autoridades, em particular contra a extrema-direita.