Entre os 16 arguidos destacam-se os ex-juízes desembargadores Rui Rangel, Fátima Galante e Vaz das Neves, além do ex-presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e do empresário José Veiga.
As acusações abrangem um leque de crimes graves, incluindo corrupção, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
A morosidade do processo já teve consequências, com alguns crimes a prescreverem.
Na primeira sessão, que durou menos de duas horas, a maioria dos arguidos optou pelo silêncio, incluindo Rui Rangel, que à entrada reafirmou a sua inocência "total e absoluta" e criticou a demora do processo. Luís Filipe Vieira, acusado de recebimento indevido de vantagem, expressou surpresa pela sua presença em tribunal, afirmando "Não sei o que estou aqui a fazer", embora tenha indicado que falará mais tarde. O presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, Nuno Matos, comentou que, embora o julgamento de um juiz afete a imagem da justiça, também "é sinal de que está a funcionar".
O caso representa um teste à capacidade do sistema judicial para investigar e julgar os seus próprios membros, sendo o seu desfecho aguardado com grande expectativa.














