A morte de um militar da GNR durante uma operação de combate ao narcotráfico no rio Guadiana chocou o país e evidenciou os perigos crescentes associados às redes que operam na fronteira sul de Portugal. O incidente ocorreu quando a embarcação da GNR foi abalroada por uma lancha rápida, resultando na morte do cabo Pedro Manata e Silva, de 50 anos, e em ferimentos noutros três militares.\n\nO trágico acontecimento desencadeou uma vasta operação de busca pelos responsáveis, que fugiram após a colisão. Inicialmente, dois homens de nacionalidade espanhola, já referenciados por tráfico de droga, foram detidos ao tentar atravessar a fronteira, mas acabaram por ser libertados por falta de provas concretas que os ligassem diretamente ao abalroamento, embora tenham sido constituídos arguidos noutro processo.
As buscas prosseguem com equipas de mergulho e patrulhas terrestres para localizar os fugitivos.
A lancha utilizada pelos traficantes foi posteriormente encontrada incendiada e retirada do rio para ser analisada pela Polícia Judiciária.
O incidente gerou uma onda de consternação e homenagens ao militar falecido, com figuras do Estado, como o Presidente da República e a Ministra da Administração Interna, a lamentarem a morte e a garantirem que todos os esforços serão feitos para deter os autores do crime. Coincidentemente, no dia da morte do militar, o Presidente promulgou um diploma que criminaliza a posse e uso de embarcações de alta velocidade sem autorização, uma medida que visa reforçar o combate ao narcotráfico, que utiliza estas lanchas potentes para o transporte de droga a partir de Marrocos.
Em resumoA morte do militar da GNR no Guadiana sublinha a escalada de violência do narcotráfico e a necessidade de dotar as forças de segurança de mais meios. A libertação dos suspeitos iniciais demonstra a complexidade da investigação, enquanto a nova lei sobre lanchas rápidas surge como uma resposta legislativa a uma ameaça cada vez mais presente e perigosa.