O cabo Pedro Manata e Silva, da Unidade de Controlo Costeiro da GNR, morreu após a embarcação dos traficantes ter abalroado a lancha da Guarda. As cerimónias fúnebres, realizadas em Lagos, contaram com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e da Ministra da Administração Interna, refletindo a gravidade do acontecimento para o Estado.
O Cardeal Américo Aguiar, Bispo de Setúbal, apelou a que “as forças de segurança tenham sempre meios necessários e suficientes”, ecoando uma preocupação generalizada sobre a capacidade de resposta das autoridades.
A investigação está a ser conduzida em cooperação com a Guardia Civil espanhola, numa caça ao homem para encontrar os tripulantes da narcolancha, que continuam em fuga.
Dias antes do incidente fatal, as autoridades espanholas tinham detido dez pessoas e apreendido 3,5 toneladas de haxixe em Huelva, a cerca de 50 km do local, estando as autoridades a cruzar informações para determinar possíveis ligações.
A própria lancha onde seguia o militar falecido era uma embarcação que tinha sido anteriormente apreendida a traficantes, um facto que adensa a discussão sobre a adequação do equipamento. A GNR admitiu que a reparação da sua embarcação semirrígida P21 Palma, envolvida no choque, “implicará uma despesa avultada”.














