A gravação e partilha dos abusos nas redes sociais e na escola da vítima agrava a natureza do crime e levanta sérias questões sobre a violência juvenil e o uso da tecnologia para humilhar as vítimas. Segundo as notícias, o crime terá sido planeado pelo ex-namorado da vítima, de 16 anos, como forma de vingança por uma alegada traição.

A jovem terá sido atraída para uma casa onde costumava encontrar-se com ele, não estranhando o convite.

No local, porém, foi confrontada pelo ex-namorado e por mais três amigos, com idades entre os 13 e os 16 anos, que a terão violado repetidamente. Os agressores filmaram os atos sexuais e, posteriormente, partilharam os vídeos, que circularam entre estudantes e nas redes sociais, expondo e humilhando ainda mais a vítima.

O caso, que terá ocorrido há cerca de um mês, já está a ser investigado pela Polícia Judiciária. A divulgação das imagens constitui um crime adicional e potencia o trauma sofrido pela adolescente, evidenciando uma vertente de crueldade digital que acompanha a violência física e sexual.

A tenra idade de todos os envolvidos, tanto da vítima como dos suspeitos, acentua a gravidade social do acontecimento, colocando em debate a educação, a supervisão parental e as consequências do acesso precoce e desregulado à tecnologia.