A reação do tribunal foi imediata: a juíza Susana Seca nomeou o defensor oficioso disponível, José Ramos, mas rejeitou o seu pedido de 48 horas para se inteirar do processo, argumentando que se trata de um processo urgente. Esta recusa foi amplamente criticada por juristas, que consideram que o tribunal "violou o direito de defesa", um pilar fundamental do Estado de direito. Segundo especialistas, a impossibilidade de o novo advogado preparar adequadamente a defesa pode levar à nulidade da sessão e, potencialmente, a atrasos de meses no processo.

A juíza, por sua vez, atribuiu a responsabilidade da situação "exclusivamente" a Pedro Delille e ordenou uma nova comunicação à Ordem dos Advogados sobre a conduta do advogado cessante.

Este episódio adiciona mais uma camada de complexidade e controvérsia a um dos julgamentos mais mediáticos da história da justiça portuguesa.