A operação resultou na detenção de quatro tripulantes e evidencia a sofisticação crescente das redes de narcotráfico que utilizam Portugal como porta de entrada para a Europa. A operação, denominada 'El Dorado', localizou e abordou um semi-submersível de construção artesanal em fibra de vidro, que navegava há cerca de 15 dias em condições precárias. A embarcação, proveniente da Venezuela, tinha como destino a Península Ibérica, com o objetivo de distribuir o estupefaciente, avaliado em cerca de 60 milhões de euros, por vários países europeus.
A bordo seguiam quatro tripulantes — dois equatorianos, um venezuelano e um colombiano, com idades entre os 40 e os 65 anos — que foram detidos e colocados em prisão preventiva na cadeia de Ponta Delgada, nos Açores.
Esta é a segunda embarcação deste tipo a ser apreendida na mesma zona do Atlântico, a sudoeste dos Açores, num curto espaço de tempo, o que confirma a consolidação desta rota para o tráfico de grandes quantidades de droga. A interceção foi possível graças à partilha de informações entre as autoridades portuguesas e agências internacionais, incluindo do Reino Unido e dos Estados Unidos.
A operação demonstra a crescente complexidade e audácia das organizações criminosas, que recorrem a meios cada vez mais sofisticados para contornar a vigilância marítima, ao mesmo tempo que realça a importância da cooperação internacional no combate ao narcotráfico.













