O ex-desembargador é acusado de ter manipulado a distribuição de três processos para beneficiar o juiz Rui Rangel, outro dos arguidos. Vaz das Neves negou qualquer amizade com Rangel, apesar de este o tratar por "Luisinho" em escutas, e justificou as suas decisões de atribuição direta de processos, em vez do sorteio eletrónico, com base em critérios de especialização e gestão processual. Contudo, estas justificações foram recebidas com ceticismo pelo coletivo de juízes, que questionou a consistência das suas explicações.
O ex-magistrado expressou ainda sentir-se "ultrajado" pela forma como foi constituído arguido, descrevendo o interrogatório inicial como tendo ocorrido num "espaço físico pequeno e intimidatório".
O julgamento prossegue com a audição de mais testemunhas, num caso que coloca sob escrutínio a integridade e os mecanismos de controlo interno do sistema judicial português, ao investigar suspeitas de corrupção e tráfico de influências ao mais alto nível da magistratura.













