A família alegadamente cometeu o crime para pôr fim a anos de abusos. O crime ocorreu na residência da família, em Lisboa.
Segundo a acusação do DIAP de Lisboa, os dois irmãos, de 22 e 24 anos, agrediram violentamente o pai, de 58 anos, com um martelo de borracha e estrangulamento, causando-lhe a morte. A mãe, embora não tenha participado diretamente nas agressões, foi acusada pelos crimes de homicídio e profanação de cadáver por, alegadamente, ter assistido a tudo "sem que nada tenha feito para tentar pôr cobro à conduta dos filhos".
Posteriormente, terá ajudado a limpar o local do crime e a esconder o corpo num armário.
O motivo apontado para o crime foi a intenção de parar a situação de violência doméstica que a família vivia.
Os dois filhos encontram-se em prisão preventiva.
Este caso trágico coloca em evidência as dinâmicas extremas da violência no seio familiar e os limites a que as vítimas podem ser levadas.
O julgamento terá a difícil tarefa de ponderar as circunstâncias de alegado abuso contínuo contra a gravidade do crime de homicídio, avaliando a responsabilidade criminal de cada um dos arguidos num contexto de desespero.













