A Ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, afirmou que o processo que visa José Sócrates, a Operação Marquês, "representa tudo o que pode correr mal num processo" e serve como "um guia para o que não pode acontecer". Esta visão, contudo, foi contrariada pelo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, João Cura Mariano, que defendeu que o julgamento "não tem corrido mal", mas sim que "tem sido difícil de dirigir", em parte devido aos desafios impostos pela defesa.
Paralelamente, a Operação Influencer, que levou à queda do anterior governo, encontra-se estagnada dois anos após o seu início.
Três dos nove arguidos ainda não foram ouvidos e as provas apreendidas continuam por analisar.
A Procuradora-Geral da República, Amadeu Guerra, atribui a paralisação aos recursos interpostos pelos arguidos sobre a apreensão de correio eletrónico, afirmando que a investigação não pode avançar sem acesso a essa informação.
A situação de ambos os processos alimenta a perceção pública de uma justiça lenta e ineficaz em lidar com casos de grande complexidade e relevância política, gerando um debate sobre a necessidade de reformas processuais para evitar que se repitam.














