Três polícias estão a ser julgados sob a acusação do Ministério Público de terem espancado um jovem arguido nas instalações do Tribunal de Almada. O caso, que remonta a 24 de fevereiro de 2025, foi filmado pelo sistema de videovigilância do próprio tribunal, constituindo uma prova central no processo. A acusação detalha que o jovem, com cerca de 20 anos, encontrava-se no tribunal para ser julgado em processo sumário por alegadamente ter insultado os agentes na véspera. Após ser visto a dançar, um dos polícias tê-lo-á agredido com bofetadas e murros, antes de o imobilizar no chão e desferir-lhe mais dois socos na cabeça.
Um dos agentes terá ainda feito gestos comparando o jovem a um macaco.
Para agravar a situação, o Ministério Público sustenta que os polícias falsificaram o auto de detenção para fazer crer que o jovem os tinha tentado atacar primeiro, uma versão que as imagens de videovigilância terão desmentido.
Este caso levanta sérias questões sobre a conduta policial e o abuso de autoridade, sendo particularmente grave por ter ocorrido no interior de um edifício judicial, um local que deveria ser um garante da legalidade e dos direitos dos cidadãos.
O julgamento irá agora avaliar as provas, incluindo as filmagens, para determinar a responsabilidade criminal dos agentes envolvidos.
Em resumoO Ministério Público acusou três agentes da PSP de espancarem um jovem arguido dentro do Tribunal de Almada, com as agressões a serem registadas por câmaras de videovigilância. Os polícias são também acusados de falsificar o auto de detenção para incriminar a vítima, num caso que põe em causa a conduta das forças de segurança.