Novas imagens do incidente vieram a público, enquanto o agente Bruno Pinto enfrenta uma acusação de homicídio, num caso que continua a suscitar debate sobre a atuação policial em contextos sociais sensíveis. O aniversário da morte do cidadão cabo-verdiano Odair Moniz, ocorrida durante uma operação policial, evidencia uma fratura social que não cicatrizou. Moradores da Cova da Moura continuam a queixar-se de uma tensão constante com as forças de segurança, afirmando que “não existe caminho para o diálogo, nem paciência”.
A PSP, por sua vez, admite ter apreendido mais armas na zona e regista um aumento de crimes cometidos por jovens.
A investigação judicial sobre a morte de Moniz avançou, com o agente da PSP Bruno Pinto a ser acusado de homicídio. Recentemente, foram divulgadas imagens exclusivas que mostram os momentos finais de Odair Moniz.
Segundo as reportagens, o agente disparou dois a quatro tiros fatais em apenas seis segundos, após uma abordagem em que a patrulha estava sozinha e na qual Moniz terá resistido.
As mesmas imagens mostram o agente a tentar reanimar a vítima após os disparos.
Este caso tornou-se um símbolo das complexas e, por vezes, conflituosas relações entre a polícia e as comunidades de bairros periféricos, levantando questões sobre o uso da força letal, a proporcionalidade das ações policiais e a necessidade de estratégias de policiamento comunitário que fomentem a confiança mútua. A persistência da tensão um ano depois sugere que a resolução destes problemas estruturais está longe de ser alcançada, com a comunidade a sentir-se desprotegida e as forças policiais a enfrentarem um ambiente de desconfiança.














