A Polícia Judiciária (PJ) emitiu um alerta preocupante sobre a crescente utilização de tecnologia 'deepfake' por jovens para criar e partilhar imagens de cariz sexual, frequentemente envolvendo colegas de escola. Esta nova forma de cibercrime, que muitos jovens encaram como uma "brincadeira", acarreta consequências psicológicas devastadoras para as vítimas. A Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ identificou um aumento de situações em que jovens utilizam aplicações de inteligência artificial para manipular fotografias de colegas, retiradas de redes sociais, removendo digitalmente as suas roupas para criar imagens de nudez.
Estas imagens falsificadas são depois partilhadas em grupos e redes sociais, causando humilhação e danos reputacionais graves.
A inspetora-chefe da unidade sublinhou a perigosa normalização deste comportamento, alertando que, apesar da perceção de que se trata de uma brincadeira, constitui um crime com sérias implicações legais. Este fenómeno evidencia a necessidade urgente de promover a literacia digital e a empatia no ambiente online, educando os jovens sobre a gravidade da violação da privacidade e da dignidade alheia, mesmo que através de meios digitais. O alerta da PJ visa sensibilizar pais, educadores e a sociedade em geral para os novos perigos que a tecnologia representa no contexto do bullying e do assédio sexual.
Em resumoA Polícia Judiciária está a alertar para o uso crescente de 'deepfakes' sexuais entre jovens, que manipulam fotos de colegas para criar nudez falsa. As autoridades sublinham que esta prática, vista por muitos como uma brincadeira, é um crime com graves consequências para as vítimas.