A captura de Ygor Daniel Zago, conhecido como "Hulk", evidencia a crescente presença de membros de grupos criminosos brasileiros em Portugal. O suspeito, que já tinha sido condenado a 29 anos de prisão no Brasil mas conseguiu fugir, vivia num condomínio de luxo numa zona nobre de Cascais.

A sua detenção culminou meses de buscas internacionais e insere-se num esforço mais vasto das autoridades portuguesas para combater o crime organizado transnacional.

O diretor nacional da PJ, Luís Neves, admitiu um aumento de membros de grupos como o PCC e o Comando Vermelho a operar em Portugal, descrevendo-os como de "elevado potencial e de elevado risco".

Neves destacou o "bom desempenho" dos seus agentes e a colaboração com a Polícia Federal Brasileira.

Só este ano, a PJ já deteve 24 criminosos procurados pela justiça brasileira.

A situação levanta preocupações sobre a eficácia do cruzamento de dados entre os dois países, com especialistas a alertar que centenas de fugitivos poderão ter conseguido regularizar a sua situação em Portugal. A detenção de "Hulk" é vista como um golpe significativo contra as operações do PCC na Europa, onde Portugal é considerado um dos principais pontos de entrada e operação.