Os factos remontam a julho de 2024, quando os dois sem-abrigo, toxicodependentes, foram intercetados por suspeitas de furto num estabelecimento comercial e levados para a esquadra.

Segundo a acusação, os agentes são suspeitos de terem submetido as vítimas a tortura sexual, ameaças e agressões, com contornos descritos como "macabros".

Um dos agentes terá sodomizado um dos homens com um bastão, enquanto outros polícias gravavam a cena. A decisão do Tribunal da Relação de manter a medida de coação mais gravosa fundamentou-se na "personalidade violenta e intempestiva dos arguidos", considerando existir um elevado risco de reincidência em atividades criminosas.

Caso venham a ser condenados, a pena poderá ser superior a cinco anos de prisão.

O caso continua em investigação, sendo um dos mais graves episódios recentes de alegada violência policial em Portugal.