Este aumento alarmante, revelado pelo diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, abrange crimes como violação, abuso sexual de menores e pornografia infantil. Durante a conferência "Crimes sexuais: construir a mudança", Luís Neves precisou que, até outubro de 2025, a PJ deteve 269 suspeitos destes crimes, um número superior aos 251 detidos durante os doze meses de 2024. Os dados do Ministério da Justiça indicam que, em 2024, apenas um terço dos 425 arguidos condenados por crimes sexuais (incluindo abuso sexual, lenocínio e pornografia de menores) receberam penas de prisão efetiva. Os crimes em causa incluem coação sexual, violação, abuso sexual de menores, abuso de menores dependentes, atos sexuais com adolescentes e pornografia de menores. Adicionalmente, dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que as polícias registaram mais de 1.400 crimes sexuais contra menores em 2024. Perante esta tendência crescente, o diretor da PJ apelou às vítimas para que, "por muito que custe", denunciem os crimes, assegurando que a instituição dispõe de meios para as ouvir "de uma forma muito harmoniosa, muito sensível".