A Polícia Judiciária (PJ) revelou que a investigação começou há cinco anos, mas as prescrições fraudulentas ocorrem desde 2014, resultando num prejuízo estimado para o SNS de aproximadamente três milhões de euros.

A operação incluiu buscas à residência da suspeita, a uma clínica no Porto onde trabalhava, a um escritório de advogados e a sedes de empresas em Albufeira e no Funchal. A médica foi presente a um juiz de instrução criminal, que decidiu pela sua libertação mediante o pagamento de uma caução de 500 mil euros. Foram-lhe ainda aplicadas outras medidas de coação, como a proibição de se ausentar do país, de contactar testemunhas, de frequentar a clínica onde dava consultas e de exercer a profissão.

A Ordem dos Médicos já instaurou um processo disciplinar à especialista.

Este caso, juntamente com outros, intensificou o debate sobre a necessidade de criar mecanismos antifraude mais robustos no setor da saúde, com o Governo a estimar que as fraudes na saúde representem perdas anuais de quase 800 milhões de euros.