O suspeito vendia as mesmas moradias, ainda em construção, a vários compradores diferentes.
A investigação, que culminou na detenção do homem após uma reportagem do "Repórter Sábado", revelou que o esquema fraudulento teve início em 2017.
O empreiteiro, através de uma empresa criada para construir e vender empreendimentos em Palmela, recebia pagamentos adiantados por imóveis que, oito anos depois, ainda não estavam concluídos. A PJ apurou que o suspeito, que já tinha antecedentes pelo mesmo tipo de crime, chegava a vender a mesma casa inacabada a três compradores distintos, utilizando em algumas situações os serviços de empresas e agentes imobiliários como intermediários. A PJ estima que o lucro ilícito obtido com estas burlas ascenda a três milhões de euros, lesando mais de 100 famílias. Apesar da gravidade dos crimes e do elevado número de vítimas, o suspeito, após ser ouvido por um juiz de instrução, foi libertado, ficando sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência. Uma notícia posterior indicava que o construtor ficaria em prisão preventiva, mas a maioria das fontes aponta para a sua libertação com termo de identidade e residência.














