Esta ação destaca a posição de Portugal como um ponto crucial na rota do narcotráfico internacional para a Europa.
A operação, designada "Renascer", foi conduzida em águas internacionais pela Polícia Judiciária (PJ), Marinha e Força Aérea, culminando na interceção de dois pesqueiros de pavilhão brasileiro.
A bordo seguiam dez cidadãos estrangeiros, todos detidos, e uma quantidade de cocaína que as fontes noticiosas situam entre sete e oito toneladas.
A droga, proveniente da América do Sul e carregada ao largo do Brasil, tinha como destino final o continente europeu.
A complexidade da operação, que durou cerca de duas semanas e envolveu a colaboração de autoridades internacionais do Brasil, Estados Unidos e Reino Unido, evidencia a sofisticação das redes de tráfico e a necessidade de uma resposta coordenada. Artur Vaz, da PJ, referiu que o local da abordagem foi escolhido por ser o "mais vantajoso do ponto de vista operacional".
A zona de interceção é a mesma onde, em ocasiões anteriores, foram apanhados narcossubmarinos, o que reforça a sua importância estratégica como corredor para o tráfico de estupefacientes.
A Marinha destacou o empenho logístico, referindo que a operação obrigou a percorrer mais de 3.935 milhas náuticas. Esta apreensão recorde sublinha não só a eficácia das forças de segurança portuguesas, mas também o papel persistente de Portugal como porta de entrada de grandes quantidades de droga na Europa, um desafio contínuo para a segurança nacional e internacional.













