Um estudo da Universidade Nova SBE indica que 46,8% das mulheres e 42,6% dos homens em Portugal já sofreram algum tipo de violência. O relatório destaca que as mulheres são as principais vítimas de violência sexual, na intimidade e de assédio, com 12,3% a reportar assédio sexual no trabalho e 20% a serem atacadas diariamente em contextos de violência. Estes números são corroborados por uma mudança de perfil nos pedidos de ajuda. O Gabinete de Informação e Atendimento à Vítima (GIAV) do Campus de Justiça de Lisboa registou um aumento no acompanhamento de mulheres imigrantes e pessoas idosas. A coordenadora do GIAV explica que as mulheres imigrantes enfrentam uma vulnerabilidade acrescida devido à dependência dos agressores e à falta de documentação, o que muitas vezes as leva a recusar prestar declarações iniciais.
No caso dos idosos, a situação é igualmente complexa; muitos denunciam os filhos não com o intuito de os punir, mas na esperança de que recebam tratamento para os seus próprios problemas, como dependências.
Esta realidade multifacetada exige uma resposta judicial e social mais sensível e adaptada às necessidades específicas destas populações.













