O caso, que envolvia o alegado desvio de 63 mil euros através de viagens fictícias, terminou com a justiça a invocar "dúvida séria e razoável".
No centro do processo estavam o atual bastonário, Luís Filipe Barreira, e a sua antecessora, Ana Rita Cavaco.
A acusação do Ministério Público sustentava que, em 2016, os arguidos teriam forjado deslocações para receber indevidamente ajudas de custo, num montante global de cerca de 63 mil euros. No entanto, após a análise da prova produzida em julgamento, o coletivo de juízes concluiu que não foi possível comprovar, para lá de qualquer dúvida, a prática dos crimes. Na leitura do acórdão, a presidente do coletivo justificou a decisão absolutória com o facto de se ter instalado uma “dúvida séria e razoável” sobre se os arguidos teriam efetivamente cometido os ilícitos de que eram acusados. Após a decisão, o bastonário Luís Filipe Barreira afirmou receber a notícia “com serenidade”, agradecendo a todos os que mantiveram a confiança em si e reafirmando o seu compromisso com a profissão.
A absolvição encerra um capítulo judicial de grande visibilidade mediática que pairava sobre a liderança da Ordem dos Enfermeiros.













