Esta decisão histórica reforça a gravidade criminal do ciberbullying e estabelece um precedente importante no sistema judicial português.

A condenação, proferida em primeira instância em fevereiro deste ano, foi considerada um marco devido aos “contornos únicos” do processo.

A arguida, após recorrer da sentença, viu agora o Tribunal da Relação de Lisboa manter a pena na sua totalidade.

A investigação revelou que a jovem levou a cabo uma campanha de perseguição sistemática e violenta contra a vítima. As suas ações incluíram o envio de milhares de emails e mensagens, a criação de perfis falsos em nome da vítima em sites de encontros e de prostituição, e a produção e divulgação de montagens fotográficas de cariz sexual. A arguida chegou ao ponto de anunciar a morte da colega, demonstrando a escalada e a gravidade do assédio.

A confirmação desta pena de prisão efetiva envia uma mensagem clara de que o sistema judicial está a tratar o ciberbullying não como uma ofensa menor, mas como um crime grave com consequências severas para os agressores.