A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, confirmou que o juiz tomará posse "muito proximamente", com um mandato de três anos. A nova comissão, aprovada em Conselho de Ministros no final de outubro, integrará elementos permanentes da Polícia Judiciária (PJ), da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) e do Infarmed.
O objetivo, segundo o Governo, é detetar desperdícios e ilícitos financeiros, com uma meta de poupança que pode chegar aos 800 milhões de euros. A criação desta entidade surge num contexto de escândalos recentes, como o caso do dermatologista do Hospital de Santa Maria que faturou mais de 700 mil euros em cirurgias adicionais, ou de uma médica suspeita de prescrever Ozempic a não diabéticos.
A nomeação foi elogiada pelo inspetor-geral da IGAS, Carlos Carapeto, que destacou a "credibilidade" do juiz, e pela Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), que considerou a escolha sensata.
O presidente do Chega, André Ventura, também saudou a nomeação, afirmando que existe "corrupção, desvio de dinheiro e aproveitamento" no SNS.
A Iniciativa Liberal, por sua vez, requereu uma audição parlamentar ao juiz para esclarecer o funcionamento da nova estrutura.














