A decisão visa evitar mais atrasos no julgamento, que foi suspenso até meados de dezembro.
A deliberação da juíza Susana Seca foi tomada após a defesa do antigo primeiro-ministro ter sido assumida por José Preto.
O advogado requereu um prazo alargado para se familiarizar com o megaprocesso, que se arrasta há 11 anos.
No entanto, a magistrada considerou que aceder ao pedido iria retardar excessivamente o andamento do julgamento e prejudicar o direito de defesa dos restantes arguidos.
Em consequência, o julgamento foi suspenso até 6 de janeiro, dando a José Preto um prazo de dez dias para consultar a vasta documentação.
O novo advogado já anunciou que irá recorrer da decisão, bem como de "outras coisas" relacionadas com o processo. Esta decisão judicial ocorre num momento crítico, uma vez que alguns dos crimes de corrupção imputados a José Sócrates, nomeadamente os relacionados com o financiamento da Caixa Geral de Depósitos a Vale do Lobo, correm o risco de prescrever no primeiro semestre de 2026. A Operação Marquês continua, assim, a ser um dos casos judiciais mais complexos e mediáticos da história recente de Portugal, com o seu desfecho ainda incerto.














