A associação critica veementemente o que considera ser um "padrão de opacidade, lentidão e desrespeito pelas pessoas que sofreram abusos".

Uma das principais queixas é a não divulgação do montante global disponível para a reparação das cerca de 90 vítimas já reconhecidas pela Igreja, com o porta-voz da associação, António Grosso, a afirmar que a Igreja está a "estabelecer a tabela de preços dos nossos traumas".

Em resposta às críticas, o Grupo VITA, coordenado pela psicóloga Rute Agulhas, esclareceu que cumpriu os prazos e que a sua função se limitou a colaborar na elaboração do regulamento, sendo a responsabilidade das compensações da Conferência Episcopal.

O grupo negou que as entrevistas com as vítimas durem oito horas e justificou a interdição de telemóveis durante as sessões.

Atualmente, estão em análise 93 pedidos de indemnização, e o processo de análise e entrevistas deverá estar concluído no início de 2026.

A associação de vítimas exige ainda que os pareceres sobre os casos sejam revelados às próprias vítimas para garantir a transparência do processo.