Simultaneamente, o Ministério Público manifestou receios de que o ex-primeiro-ministro possa estar a planear uma fuga à justiça. A nova defesa do antigo governante formalizou um recurso de mais de 30 páginas, argumentando que uma sucessão de decisões da juíza comprometeu gravemente o direito ao contraditório. Esta ação marca uma nova estratégia de confronto legal no longo processo. Paralelamente, a preocupação do Ministério Público (MP) adensou-se após Sócrates ter admitido, numa entrevista, uma estadia de duas semanas nos Emirados Árabes Unidos sem ter informado o tribunal, o que constituiria uma violação das medidas de coação.

Os procuradores solicitaram informações sobre as viagens do arguido, admitindo a possibilidade de este estar a preparar um plano para se "subtrair-se definitivamente ao alcance da justiça nacional".

José Sócrates reagiu publicamente com indignação, classificando a hipótese levantada pelo MP como "falso".

Estes eventos reaquecem a tensão em torno de um dos casos judiciais mais mediáticos da história portuguesa.