O desaparecimento de uma bebé de quatro meses do Hospital de Vila Nova de Gaia, levada pela mãe que desrespeitou uma ordem judicial, levantou sérias questões sobre os protocolos de segurança em unidades hospitalares. O caso desencadeou uma investigação interna e da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) para apurar as circunstâncias de uma aparente falha no sistema de vigilância. O incidente ocorreu quando a mãe, informada de que a criança seria entregue a uma família de acolhimento por decisão do tribunal, conseguiu retirar a bebé do internamento de Pediatria. A controvérsia adensou-se com a descoberta da pulseira de segurança da criança, intacta, numa casa de banho, sugerindo que o alarme não foi acionado. Várias fontes apontam para a possibilidade de o sistema de segurança ter sido desativado ou estar desligado, uma alegação que gerou debate entre especialistas e sindicalistas. O médico Francisco Goiana da Silva afirmou que “o sistema de segurança estava desligado”, enquanto a sindicalista Guadalupe Simões expressou “sérias dúvidas” sobre essa versão, defendendo uma investigação aprofundada.
O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Gaia-Espinho, presidido por Luís Cruz Matos, admitiu o sucedido, afirmando: “A bebé desapareceu, foi levada pela mãe”.
A administração abriu um processo de averiguação interna para “avaliar tudo o que se passou” e “retirar aprendizados para que isto não volte a acontecer”.
A situação é agravada pelo facto de a mãe já ter ficado sem a guarda de outro filho anteriormente. A PSP teve acesso às imagens de videovigilância para localizar a mãe e a criança.
Felizmente, a bebé foi entregue à GNR cerca de 24 horas depois, em bom estado de saúde, e regressou à unidade hospitalar, mas o caso expôs vulnerabilidades críticas na proteção de menores sob tutela do Estado em ambientes que deveriam ser de máxima segurança.
Em resumoO caso da bebé levada do Hospital de Gaia expôs falhas de segurança significativas, com a pulseira eletrónica a não funcionar. A ULS e a IGAS abriram inquéritos para apurar responsabilidades. A criança foi encontrada em segurança 24 horas depois, mas o incidente sublinha a necessidade de rever e reforçar os protocolos de proteção de menores institucionalizados.