A complexidade do caso aumentou quando os dez militares da GNR detidos foram libertados com termo de identidade e residência, a medida de coação mais leve. A decisão do juiz de instrução criminal foi justificada pela ausência de escutas transcritas, consideradas a base do processo, o que deixou o comando da GNR sem argumentos para aplicar sanções imediatas.

Consequentemente, os militares regressaram ao serviço.

Em resposta, o Ministério da Administração Interna (MAI) ordenou a abertura de processos disciplinares pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) a todos os onze polícias envolvidos. O Ministério Público deverá recorrer da decisão judicial para o Tribunal da Relação, procurando a aplicação de medidas de coação mais severas.

O caso levanta questões profundas sobre a integridade das forças de segurança e a vulnerabilidade dos trabalhadores imigrantes em Portugal.