O episódio, filmado por um morador e amplamente divulgado, expôs a ineficácia das medidas de afastamento e a persistência do perigo para as vítimas de violência doméstica. O agressor, que já estava sujeito a uma medida de afastamento, utilizou o carro de um amigo para seguir a vítima.
Quando a mulher se apercebeu da perseguição, acionou o botão de pânico.
Durante o percurso, o homem tentou abalroar repetidamente a viatura da ex-companheira, onde seguiam também o filho e a enteada, provocando pelo menos um acidente e tentando forçar um despiste.
As imagens captadas mostram a brutalidade da perseguição, com o suspeito a tentar partir os vidros do carro da vítima.
Os dois menores necessitaram de assistência médica devido a lesões sofridas.
A detenção pela PSP foi auxiliada pelo vídeo, que serviu como prova crucial.
O caso gerou um intenso debate público sobre a proteção das vítimas.
O advogado Paulo Santos comentou que o incidente “mostra o que é a violência doméstica e a ineficácia de muitas medidas de afastamento”, acrescentando que “há muitos casos de violência doméstica em que os agressores estão determinados a matar e não se importam de ir para a cadeia”. A decisão do tribunal de aplicar a prisão preventiva reflete a gravidade do crime, mas o caso serve como um alerta severo sobre a necessidade de mecanismos mais robustos para garantir o cumprimento das ordens de afastamento.














