A acusação detalha que o arguido, motivado pela rejeição da vítima, planeou o ataque de forma meticulosa. Esperou pela mulher à saída do seu local de trabalho, seguiu-a até um parque de estacionamento e, nesse local, desferiu-lhe mais de uma centena de golpes por todo o corpo com uma arma branca. A brutalidade do ataque evidencia uma clara intenção de matar.
Após o crime, o homem foi detido e ficou sujeito à medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva, que se mantém até ao julgamento. A multiplicidade de crimes imputados — um total de 18 — reflete a gravidade e a diversidade das ações do arguido, que não se limitaram à agressão física, mas incluíram também um período de perseguição que antecedeu a tentativa de homicídio. Este caso insere-se num contexto mais vasto de violência contra as mulheres, muitas vezes despoletada pela não aceitação do fim de uma relação ou da rejeição. A origem do conhecimento entre vítima e agressor, através de uma aplicação de encontros, alerta também para os perigos associados a estas plataformas. O desfecho do julgamento será fundamental para a aplicação da justiça e para enviar uma mensagem inequívoca de tolerância zero a crimes de violência de género desta natureza.














