As autoridades acreditam que os suspeitos montaram um esquema fraudulento que envolvia a transferência de dinheiro da corporação para as suas contas pessoais e o uso indevido de viaturas da associação. A investigação da Polícia Judiciária culminou na detenção de Mário Ribeiro, o comandante, e dos outros dois elementos da direção, que foram posteriormente suspensos de funções. A notícia da detenção levou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a instaurar um inquérito para avaliar a situação, que poderá culminar na expulsão do comandante e dos restantes envolvidos. Este caso de alegada corrupção é particularmente grave por afetar uma instituição de cariz voluntário, que depende da confiança e do apoio da comunidade para subsistir e cumprir a sua missão de socorro. O desvio de fundos, se comprovado, não só representa um crime de peculato e abuso de confiança, mas também compromete a capacidade operacional da corporação. O processo judicial irá agora determinar a extensão do desfalque e a culpabilidade dos arguidos, mas os danos reputacionais para a associação e para o corpo de bombeiros voluntários em geral já são significativos, exigindo medidas de transparência e fiscalização mais apertadas.