Este procedimento, no entanto, ignora verificações essenciais, levantando sérias preocupações sobre a segurança nacional e do espaço Schengen.
O problema decorre de uma conjugação de fatores: a falta de agentes da PSP, a instabilidade tecnológica e a lentidão dos sistemas informáticos.
Para cumprir os tempos de espera impostos e evitar o caos nos aeroportos, os polícias são instruídos a aplicar um "sistema simplificado".
Neste modo, limitam-se a verificar se o documento de identificação corresponde ao passageiro, sem consultar as bases de dados nacionais e internacionais nem registar o movimento da pessoa pela fronteira.
Esta prática significa que indivíduos procurados pela justiça ou sinalizados como ameaças à segurança podem sair de Portugal sem serem detetados.
O Governo reconheceu a situação, com o Secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, a classificar as filas como “um embaraço” e a atribuir o problema à “falta de agentes da PSP”.
O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) considerou que as mudanças estruturais prometidas pelo Governo “já vêm tarde”.
A situação expõe uma vulnerabilidade crítica nas fronteiras externas da União Europeia, com a pressão para a eficiência operacional a sobrepor-se aos requisitos fundamentais de segurança, uma troca que sindicatos e especialistas consideram inaceitável.














