A fraude consiste em usar moradas de habitações à revelia dos seus proprietários para registar imigrantes, que necessitam do documento para regularizar a sua situação. A investigação jornalística apurou a existência de casos de habitações certificadas como sendo a morada de dezenas de pessoas. Este esquema está associado a situações de sobrelotação e condições de vida precárias, com relatos de “cem imigrantes a viver numa loja” ou estabelecimentos comerciais transformados em dormitórios com colchões alugados. A Junta de Freguesia da Venteira já sinalizou estas situações e manifestou a intenção de as combater.
O caso expõe não só a existência de uma rede criminosa que explora a vulnerabilidade dos imigrantes, mas também as dificuldades habitacionais extremas que estes enfrentam.














