A ação resultou em sete detidos e 45 arguidos, revelando um esquema complexo que terá movimentado mais de 200 milhões de euros.

A operação centrou-se na zona de armazéns da Varziela, em Vila do Conde, conhecida como 'Chinatown', mas estendeu-se a vários outros concelhos como Espinho, Porto e Vila Nova de Gaia.

As autoridades cumpriram 67 mandados de busca. A rede criminosa é suspeita da prática de crimes de associação criminosa, fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e falsificação de documentos. O 'modus operandi' consistia na criação de sucessivas sociedades e contas bancárias que eram utilizadas para 'lavar' o dinheiro proveniente de atividades ilícitas, dificultando o seu rastreamento pelas autoridades.

A dimensão da operação, envolvendo um elevado número de buscas e arguidos, demonstra a complexidade e a profundidade da investigação.

O sucesso desta ação representa um golpe significativo no crime organizado económico em Portugal, evidenciando a capacidade da PJ para lidar com redes transnacionais sofisticadas.

A investigação expõe a vulnerabilidade de certas zonas comerciais a esquemas de lavagem de dinheiro e a importância de uma fiscalização rigorosa para combater a economia paralela e a fraude fiscal, que lesam o Estado em centenas de milhões de euros.