A decisão do tribunal surgiu após a Polícia Judiciária (PJ) ter apurado que a arguida continuava a operar a rede criminosa a partir da sua residência.
A suspeita havia sido detida em maio, no âmbito de uma investigação que já conta com 16 detidos e 27 arguidos, mas ficara em prisão domiciliária com vigilância eletrónica.
Contudo, as investigações subsequentes revelaram que, mesmo sob esta medida, ela persistia na sua atividade ilícita.
A PJ descobriu que a mulher continuava a intermediar a venda de inscrições fraudulentas no SNS, com a colaboração de duas funcionárias de uma Unidade de Saúde Familiar (USF) em Cortegaça, que foram detidas em novembro. Este esquema permitia a cidadãos estrangeiros obterem ilegalmente números de utente, um passo essencial para a regularização em Portugal, a troco de dinheiro. A continuação da atividade criminosa, mesmo estando sob vigilância, demonstrou um claro desrespeito pelas decisões judiciais e um elevado risco de continuação da atividade delituosa, o que fundamentou o agravamento da medida de coação. O caso expõe uma grave vulnerabilidade no sistema de registo do SNS e a existência de redes de corrupção que exploram imigrantes.














