O arguido, de 38 anos, ficou em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional da Carregueira, uma cadeia com um perfil específico para este tipo de crimes. A investigação foi iniciada após um alerta do Departamento de Segurança Nacional dos EUA, revelando que o ex-adjunto terá utilizado um computador do Ministério da Justiça para receber e partilhar material de pornografia infantil. Durante o interrogatório judicial, Paulo Abreu dos Santos confessou os abusos sexuais sobre duas crianças portuguesas com cerca de 10 anos, que seriam do seu círculo de amizades, mas negou ter produzido as restantes imagens encontradas em sua posse. A Procuradoria-Geral da República justificou a aplicação da medida de coação mais gravosa com os perigos de “perturbação grave da ordem e da tranquilidade pública, de continuação da atividade criminosa e de ocultação de provas”. O caso, que envolve cooperação com o FBI, realça a importância da colaboração internacional no combate a este tipo de criminalidade.
A Polícia Judiciária está agora focada em identificar as vítimas e determinar se o arguido agia sozinho ou se integrava uma rede mais vasta.
Adicionalmente, a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde o arguido lecionava, suspendeu o seu contrato, estando a acautelar a avaliação de cerca de 50 alunos que ficaram com os exames em suspenso.













