As propostas foram remetidas pela PSP à Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), a entidade com competência para tomar a decisão final.

Segundo a PSP, as razões que fundamentam estes pedidos de cancelamento são variadas e graves. Entre as mais frequentes encontram-se a utilização de documentos falsos ou fraudulentos para obter ou manter a autorização de residência, a prestação de declarações enganosas durante o processo, e a deteção de condutas por parte dos titulares que são consideradas incompatíveis com as regras de permanência legal em território nacional. Esta ação concentrada no aeroporto de Lisboa, o principal ponto de entrada no país, indica uma estratégia de fiscalização mais apertada e proativa por parte das autoridades fronteiriças. O número expressivo de propostas de cancelamento num só ano sinaliza uma preocupação crescente com a fraude documental e o cumprimento das leis de imigração.

A medida insere-se num debate nacional mais amplo sobre a gestão dos fluxos migratórios e a segurança das fronteiras.

Caberá agora à AIMA analisar cada processo individualmente, garantindo o direito de audição e defesa dos cidadãos estrangeiros visados antes de tomar uma decisão sobre o cancelamento dos seus títulos de residência.