A gravidade e a escala dos crimes, aliadas à posição que o arguido ocupava, colocam este caso no centro das atenções mediáticas e judiciais.
A investigação, que teve origem num alerta do Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos, revelou que o arguido, um advogado e professor universitário de 38 anos, utilizou um computador do próprio Ministério da Justiça para receber e partilhar material de pornografia infantil.
Durante o interrogatório judicial, Paulo Abreu dos Santos confessou ter abusado sexualmente de duas crianças, afirmando que as restantes imagens não foram produzidas por si.
A Procuradoria-Geral da República justificou a aplicação da medida de coação de prisão preventiva, a mais gravosa, com os perigos de “perturbação grave da ordem e da tranquilidade pública, de continuação da atividade criminosa e de ocultação de provas”. O arguido encontra-se detido no Estabelecimento Prisional da Carregueira, em Sintra, uma unidade prisional com um perfil específico para este tipo de reclusos.
O caso continua em investigação, não estando descartada a existência de cúmplices, o que poderá levar a novos desenvolvimentos.













