As declarações de Achraf Hakimi e a alegada estratégia do clube para promover Ousmane Dembélé revelam a tensão existente. Com nove jogadores do PSG entre os 30 nomeados para a Bola de Ouro, o sucesso coletivo do clube na Liga dos Campeões transformou-se numa batalha individual pelo prestigiado prémio. Ousmane Dembélé parece ser o candidato preferido da estrutura do clube, que, segundo o L'Équipe, terá tentado impedir a divulgação de parte de uma entrevista de Achraf Hakimi ao Canal+. Nessa entrevista, o lateral marroquino defendeu a sua própria candidatura, afirmando: «Se tiver a oportunidade de vencer, penso que também mereço.
Depois da época que fiz… Não há muitos jogadores que marcaram nos quartos, meias e final da Liga dos Campeões.
É mais difícil como defesa».
Esta tomada de posição terá surpreendido o círculo próximo de Dembélé e evidenciou uma fissura na estratégia do clube, que visaria concentrar os votos num único jogador para maximizar as suas hipóteses.
Vitinha, outro dos nomeados, pareceu alinhar com a preferência do clube ao mostrar o seu apoio a Dembélé.
Após a vitória na Supertaça Europeia, o médio português comentou a sua nomeação com humildade, ligando-a sempre ao sucesso coletivo: «Estou feliz por estar entre os nomeados e espero terminar o mais acima possível».
A situação reflete a complexa dinâmica de um balneário repleto de estrelas, onde as ambições individuais por vezes colidem com os objetivos institucionais, especialmente quando o prémio individual mais cobiçado do futebol está em jogo.