A organização defensiva implementada por Bruno Lage foi a chave para anular o ataque turco e sair de um ambiente adverso com a eliminatória em aberto. Pela primeira vez na sua história, o clube encarnado iniciou uma temporada com quatro vitórias (contando com a Supertaça e a eliminatória anterior com o Nice) e um empate sem consentir um único golo.

Esta solidez foi particularmente evidente no jogo em Istambul, onde a equipa demonstrou um "acertado discernimento posicional e defensivo".

Bruno Lage montou uma estrutura tática que, na prática, funcionou com uma linha de cinco defesas, com Aursnes a recuar para a posição de ala.

A dupla de centrais, composta por um "imperial" Otamendi e um "perspicaz" António Silva, foi fundamental para neutralizar os avançados do Fenerbahçe, que se viram limitados a um único cabeceamento sem perigo. Este rigor defensivo, no entanto, contrasta com um ataque que tem sido menos produtivo, um aspeto que o próprio treinador e jogadores reconheceram ser necessário melhorar para os desafios futuros.

A capacidade de manter a baliza inviolada, especialmente num terreno tão difícil, tornou-se a principal arma do Benfica neste arranque de época.