A surpreendente derrota caseira do Benfica frente ao Qarabag, por 2-3, na jornada inaugural da Liga dos Campeões, precipitou uma mudança drástica no comando técnico, culminando no despedimento de Bruno Lage e no regresso de José Mourinho à Luz, 25 anos depois. A exibição frente à equipa do Azerbaijão foi descrita como uma das “maiores humilhações europeias da história do Benfica”, expondo a “falta de ideias de Bruno Lage”. A crítica centrou-se na sua abordagem tática, acusando-o de preparar os jogos “em função do adversário e não em função de uma identidade à Benfica”. A sua justificação para a titularidade de Sudakov — “Ele joga porque o Qarabag tem três médios” — foi vista como paradigmática de uma mentalidade reativa, imprópria para um clube da dimensão do Benfica.
Mesmo após estar a vencer por 2-0, a equipa baixou as linhas, permitiu que o adversário dominasse e demonstrou uma “assustadora falta de agressividade”.
A derrota foi o culminar de um período de instabilidade, com Lage a ser criticado por não conseguir blindar o grupo do “ruído exterior”, acabando por ser ele próprio a trazê-lo para dentro do balneário. A decisão de Rui Costa de o demitir foi considerada “inevitável”, embora tardia para alguns analistas. A solução encontrada foi o regresso de José Mourinho, uma escolha que, segundo Rui Costa, se baseou no seu perfil “ganhador”.
Na sua apresentação, Mourinho reconheceu a necessidade de uma resposta imediata, afirmando: “Não podemos perder como perdemos há dois dias.
Não é Benfica”.
Em resumoA derrota com o Qarabag foi o catalisador para o fim da segunda passagem de Lage pelo Benfica, abrindo portas a uma nova era sob o comando de José Mourinho, com a direção a procurar uma resposta imediata à crise de resultados e exibições.