A disputa em torno da Superliga Europeia atingiu um novo patamar com a notícia de que o Real Madrid e a A22, empresa organizadora da competição, planeiam solicitar uma indemnização superior a quatro mil milhões de euros à UEFA e à FIFA. A ação surge na sequência de uma decisão de um tribunal de Madrid que considerou que os organismos que regem o futebol abusaram da sua posição dominante. A decisão do tribunal provincial de Madrid, que negou um recurso da UEFA e da FIFA, representa uma vitória significativa para os promotores da Superliga. O tribunal sustentou que os organismos se atribuíram "o poder discricionário de impedir a participação dos clubes europeus em competições alternativas", o que constitui um abuso da sua posição dominante e viola as regras da concorrência. Esta fundamentação legal abre a porta para que o Real Madrid e os seus parceiros procurem uma compensação financeira pelos prejuízos que alegam ter sofrido devido à oposição da UEFA ao projeto. A quantia exigida, superior a quatro mil milhões de euros, reflete a magnitude do conflito e o potencial económico que os clubes fundadores acreditam que a Superliga poderia gerar.
Em resposta, a UEFA e a La Liga desvalorizaram a sentença, com o organismo europeu a garantir que a decisão "não valida o projeto abandonado".
Esta reação demonstra que a batalha legal e ideológica pelo controlo do futebol europeu de clubes está longe de terminar, com implicações profundas para o futuro de competições como a Champions League, cujo monopólio é diretamente desafiado.
Em resumoApós uma decisão judicial em Madrid que acusa a UEFA e a FIFA de abuso de posição dominante, o Real Madrid e a A22 preparam-se para exigir uma indemnização massiva. Este desenvolvimento intensifica a guerra pela Superliga e ameaça a estrutura de poder do futebol europeu, com a UEFA a desvalorizar o impacto da sentença.