Esta dualidade tem gerado debate sobre a sua capacidade de adaptação ao futebol português e a sustentabilidade do projeto sob a sua liderança.

Na Liga Europa, os arsenalistas somam duas vitórias em dois jogos, um percurso que os coloca numa posição favorável para a qualificação. No entanto, na Liga, a equipa atravessa uma fase difícil, com seis jogos consecutivos sem vencer, acumulando quatro empates e duas derrotas, o que já motivou a exibição de lenços brancos por parte dos adeptos.

O forte investimento realizado no início da época, incluindo a contratação mais cara da história do clube, o avançado Pau Lopez, elevou as expectativas para um ataque ao título, um sonho antigo do presidente António Salvador.

A aposta em Vicens, um técnico espanhol com experiência como adjunto de Pep Guardiola no Manchester City mas desconhecido em Portugal, foi vista como arriscada.

O seu sistema 4-3-3 tem tido momentos de brilhantismo, com destaque para o uruguaio Rodrigo Zalazar, mas a equipa tem demonstrado inconsistência.

Apesar da contestação, a boa campanha europeia e o empate recente contra o bicampeão Sporting parecem ter concedido mais tempo ao treinador.

Acredita-se que Vicens ainda está a adaptar-se às especificidades do futebol português e que, com o plantel reforçado, tem condições para reverter a má fase interna e voltar a lutar pelos lugares cimeiros.