Publicado na *Nature Biomedical Engineering*, o estudo revelou que a combinação de uma vacina de mRNA não específica com medicamentos de imunoterapia tradicionais gerou uma forte resposta de combate ao tumor nos roedores. Elias Sayour, oncologista pediátrico e líder do estudo, descreveu a descoberta como "muito inesperada e empolgante", explicando que mesmo uma vacina não direcionada a um tumor específico pode induzir "efeitos tumorais específicos". Isto sugere que a tecnologia pode ser comercializada como uma vacina universal. Duane Mitchell, coautor, acrescentou que esta abordagem representa um "terceiro paradigma emergente" no tratamento oncológico, com potencial para ser "amplamente utilizado em pacientes com cancro". A equipa está agora a trabalhar para iniciar um ensaio clínico em humanos. A tecnologia de mRNA funciona fornecendo às células as instruções para produzirem proteínas específicas, neste caso, proteínas que o sistema imunitário identifica como invasoras, desencadeando uma resposta de defesa que pode ser direcionada contra as células cancerígenas.
